domingo, 9 de fevereiro de 2020

Ilhado, pero nunca isolado

Uma das minhas viagens na maionese era que se ficasse milionário gostaria de morar numa ilha. (E não venham encher o saco, eu faço por onde, jogo na MegaSena quase sempre que o prêmio passa de 10 milhões de reais. Sim, é praticamente impossível ganhar. Mas, como me disse uma vez um sábio amigo, que de tão sábio virou escritor e consegue viver disso - aquele abraço Jacques Fux! A gente joga na MegaSena é pra ter o direito de sonhar em ser rico. Basicamente, uma taxa sobre o sonho) Sim, relativamente isolado, mas com as comodidades que um homem de meia-idade gosta: internet de alta velocidade e supermercado do bom. A ilha da Madeira era a minha candidata. Óbvio, idealizada. Mas não é esse o ponto em se imaginar milionário?

Aí estou eu hoje, quase morador de uma ilha. É uma ilha grande, nada daquelas de desenho animado com a palmerinha só. Mas devo dizer que durou umas boas 48 horas a estranha sensação de que estava "preso" aqui. Pra qualquer lugar diferente que eu queira ir, tirando as outras cidades da ilha, obviamente, tem que ser de barco ou avião. Com passagens custando em euros. E se for Europa, são 2h30. Sim, porque se as Canárias são politicamente Europa, mas geograficamente são África. Não sei bem explicar, foi uma sensação meio de limitação de possibilidades. Felizmente e naturalmente, já passou. Até porque é tanto pra explorar aqui que temo que 6 meses nem sejam suficientes (provavelmente tô errado aqui, mas vai ser interessante ler isso daqui há uns meses).


Concluindo, a sensação de limitação passou rapidamente a uma curiosidade grande sobre o lugar. Tá bacana.


4 comentários:

  1. Mega Sena, ou, "imposto para quem não entende de estatística".
    E sim, eu jogo, por "desencargo de consciência".

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    1. Pois é. Afinal, se é quase impossível ficar rico jogando. Imagina sem jogar? Abraço, Krikonildo!

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