quinta-feira, 30 de abril de 2020

Quarentena (dia 48)

A faxina semanal virou um objetivo. Claro que é um saco é cansativa, especialmente pra quem não está acostumado a fazê-la (sim, leia-se privilégios aqui) e também dolorosa. As dores são por razões comuns, os cabos das vassouras são pequenos pra mim e fico obrigado a fazer tudo curvado além de não ter a coluna lá nenhuma Brastemp.

Mas por quê isso? Suponho que seja a falta de acontecimentos. Quem me lê aqui deve saber que eu não estou trabalhando. Fico à toa. Então, qualquer atividade diferente, de certa forma marca o dia. A faxina é semanal - e nem sei porque, já que todos os dias são iguais, a periodicidade à qual estamos acostumados perde o sentido - e é um marco. É o dia em que não faço ginástica, só a faxina.

Concluindo, durante esse lockdown aqui na Espanha, cada atividade, seja a faxina, seja ir ao supermercado ou fazer uma entrevista, viram os eventos marcantes. Muito interessante. Repito o que já disse uma vez, vamos sair diferentes dessa experiência. E me refiro aos que, eventualmente, não percam ninguém querido. Esse últimos, tristemente, não só vão siar diferentes, mas marcados.

Boa sorte a todos no Brasil. Estou muito preocupado com vocês, cuidem-se por favor!
 

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Quarentena (dia 43)

Acho que como quase todo mundo, em lockdown há 43 dias, algumas coisas ficaram meio sem-graça, como, por exemplo, escrever por aqui.

Há poucas razões pra conseguir diferenciar os dias da semana. Repito, aqui na Espanha efetivamente estamos em casa. Lojas fechadas e, mesmo morando no centro, não dá pra saber direito que dia da semana é.

Isso dito, hoje teve um dos pequenos prazeres durante a pandemia, um dos que ajudam a saber qual o dia da semana. Na sexta-feira de manhã, são liberados novos episódios de dois dos podcasts que mais gosto. Ou seja, hoje é sexta e já me diverti com os dois podcasts.

Agora, já começam a aparecer notícias de que vão começar a flexibilizar o lockdown, de modo que talvez na semana que vem eu já possa andar um pouco pela rua a até 2km de casa. Parece pouco, mas pra quem não tem nada, é muito.