terça-feira, 10 de março de 2020

Senso de urgência

Tenho notado uma patente diminuição na urgência que geralmente tive de fazer coisas no meu tempo livre. Até pouco tempo atrás, meus finais de semana eram cheios de atividades que eu me propunha. Queria caminhar, queria ler alguma coisa, queria ver um jogo, curtir o sol da manhã, etc. Para isso tinha que acordar cedo - o que nunca foi nem é um problema grande pra mim, diga-se de passagem - e começar a fazer o que tava à fim. Se demorasse muito, já era. O sábado acabava num piscar de olhos e só sobrava o domingo, por exemplo.

Agora que todos os meus dias são, praticamente, de tempo livre, o senso de urgência desapareceu. Eu não preciso me apressar pra fazer a trilha que quero fazer. Faço amanhã, por exemplo. Ah, hoje tô cansado, durmo mais e continuo a leitura no outro dia. E vou te contar, é uma das sensações mais sensacionais. Claro, se levármos isso pro limite, eu posso adiar tudo até o dia da morte. Mas não é o caso.

E sem esse senso de urgência, é fácil simplesmente parar pra ouvir música. Quando digo parar não é colocar música de fundo e fazer outra coisa. É parar pra ouvir. Atenção na música enquanto como o resto do queijo Roquefort que tinha na geladeira. 

Sábado à tarde, comendo pedacinhos de Roquefort escutando Scorpions MTV Unplugged 2013 deitado no sofá. Se isso não é tranquilidade, não sei o que é.

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