sábado, 14 de março de 2020

Coronavírus

Pandemia: (s. f.) [medicina] enfermidade epidêmica amplamente disseminada.

Chegamos nas Canárias dia 22 de janeiro, cerca de uma semana antes da Organização Mundial da Saúde soltar o aviso de que se tratava de uma enfermidade de preocupação. Verdade que o pau já tava cantando na China e eles já estavam contendo o espalhamento pesadamente, inclusive já tinha acontecido o lockdown de Wuhan.

Em fevereiro, na Costa Adeje, sul da Ilha de Tenerife, já tinham colocado mais de 600 turistas em quarentena num hotel com hóspedes italianos testados positivamente pra COVID-19.

Bom, como era esperado, o vírus se espalhou - não por causa do povo do hotel, que até já foi liberado, mas pelo mundo e no continente Europeu - e as medidas de restrição finalmente nos alcançaram aqui nas Canárias. Claro, não antes de morrer gente em Madrid e no País Basco espanhol. Aparentemente, o pessoal na Europa não deu a devida atenção ao que tava rolando na China e perdeu tempo precioso na implementação de medidas de contenção e mitigação.

E como está aqui? Hoje, 13 de março, todos os espaços públicos de serviços e esportes estão fechados por 2 semanas. No meu caso, a biblioteca (fui lá hoje pra pegar minha carteirinha e já tava fechada! Ao menos uma semana antes deu pra pegar um livro que só vou devolver sabe-se lá quando...) e a piscina. Esta última, minha principal atividade de ócio, digamos. Tinha também muita gente nos supermercados comprando mais do que vemos normalmente nas sextas-feiras e esgotando papel higiênico. Vai entender. Ah, as escolas estão também fechadas e todos os eventos esportivos e culturais suspensos ou adiados.

E o que esperar? Bom, na verdade, nada especial. É ficar ainda mais em casa. Eu saio muito pra andar, passear, correr, nadar. Mas isso não está impedido nem há recomendação contra. O que se pede - e uma das mudanças é acompanhar com frequêcia o noticiário local - é que se evite a todo custo aglomerações. Isso vai ser fácil. Portanto, como não temos amigos aqui e a atividade social é nula, ficaremos ainda mais em casa, entre nós, tomando vinho e vendo filmes.

Fiquei sem a piscina, sem a biblioteca e sem a NBA aos domingos. Um preço módico a se pagar dada a seriedade da coisa, principalmente para os mais velhos. É bem possível, diria até provável, que eu venha a sentir os impactos no final do meu período aqui. Eventuais viagens talvez não possam ser feitas, tanto pelo coronavírus quanto pela gigante alta do euro, o que provavelmente vai resultar no meu retorno um pouco antecipado ao Brasil. Fazer o quê? Vamos esperar e ver.

Mas com mais tempo em casa, talvez acabe escrevendo mais por aqui.

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