sexta-feira, 6 de março de 2020

Era pra ser trilha, mas...

Quinta-feira e, como programado na noite anterior, o despertador-celular tocou às 6h. Pulei da cama - já tava acordado - e fui arrumar as coisas (sanduíche, água, meias, botas, etc) pra encarar a minha terceira semana seguida de trilhas. Já tinha pesquisado a trilha, já com ela no GPS, olhando como chegar até o local, como voltar, etc.

Que nada. Enquanto fazia o xixi matinal simplesmente concluí que estava com sono, que tava com preguiça de andar e principalmente de fazer  baldeações de 2 horas pra chegar na trilha. E depois ainda ter que fazer algo muito similar pra voltar. Pensei: "Ah, hoje não. Nem a pau vou encarar tantas horas de ônibus. Vou não". Como quem não tem obrigação de obedecer a ninguém mais do que a própria vontade, fiz valer a frase do mestre Rodin que carreguei por muito tempo numa camisa que já não tenho: "Mon seul guide est mon plaisir". Verdade ou não, no sabático funciona. Como dizem por aí, meu momento.

Depois de voltar pra cama e despertar às 9h da manhã, não sabia o que fazer. Café da manhã e louça lavada, o dia tava muito bonito pra ficar em casa. Bora pro Parque Marítimo César Manrique. Por €2,50 fiquei da espreguiçadeira pro piscinão de água salgada ouvindo música (já teve post disso! Dessa vez fui de John Coltrane) até cansar. 





Saindo de lá, munido do meu passaporte, porque já tinha feito planos, passei na Biblioteca Municipal de Santa Cruz de Tenerife e fiz meu cadastro em 2 minutos e já saí de lá com um livro - foto abaixo - debaixo do braço. Aqui faço um comentário antes de concluir: a biblioteca é foda! Pra começar,  cheia igual as da UFMG na semana de provas. Só que é a Municipal! Um monte de livros, um espaço confortável, bonito, internet disponível. Feroz, como geralmente são os equipamentos culturais em países desenvolvidos. Uma das coisas que mais me fascinam e que admiro são as bibliotecas européias.

(Foto: crédito www.canariasnoticias.es)
 

Concluindo, um dia diferente do inicialmente planejado mas muito muito bom. Não vou dizer que nunca tinha imaginado como seria ser dono do meu tempo, mas depois dos primeiros 40 dias sem trabalhar cada dia é melhor que o outro. 
Maravilha.





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